segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Regra dos terços

A Regra dos terços é utilizada para deixar as fotografias mais interessantes. Ao decorrer da pesquisa, observamos que Mario Cravo Neto faz bastante uso desta regra.


A área da fotografia deve ser dividida simultaneamente em 3 terços verticais 
e horizontais, isto é, trace três linhas paralelas imaginárias no sentido horizontal e no sentido vertical da fotografia. As interseções destas linhas imaginárias sugerem 4 opções para a colocação do centro de interesse para uma boa composição. A opção depende do assunto e como o fotógrafo quer que ele seja apresentado.
Geralmente, fotos com assuntos centralizados, tendem a ter uma característica mais estática e menos interessante do que fotos com o assunto fora do centro. Você deve sempre considerar a direção do movimento dos assuntos, e deixar um espaço na frente, dentro do qual possam se movimentar. 
Pode-se também aplicar a orientação da regra dos terços na colocação da linha do horizonte em sua foto, pois a linha do horizonte dividindo a foto ao meio, dá uma sensação de estática. O mesmo vale para assuntos verticais.

Estes pontos em que se cruzam estas linhas chamam-se: Pontos de Ouro.


Nas Fotografias de Cravo Neto, observamos fotos que se posicionam nestes terços, comentarei 2 fotos:


Nesta foto, temos o "ponto de ouro" na boca do modelo, onde o objeto parece sair de sua boca.



Nesta foto, os pontos de ouro estão no torso da modelo, que esta gravida e no torso da cadela, remetendo o feminino de ambas.


Muitas de suas fotos fazem uso da Regra dos terços, comentaremos mais em nossa pesquisa que estará disposta para download em breve.

Por Bruno Moreno Fonseca

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Enquadramento

O primeiro passo para o enquadramento de uma foto se encontra no posicionamento do fotógrafo diante uma cena.
Enquadrar uma cena é organizar no visor da câmera todos os elementos geométricos que formam sua realidade plástica, tendo como resultado a informação representada de forma clara e objetiva. Por tanto o bom enquadramento se define na capacidade do fotógrafo de perceber geometricamente a realidade, manipulando a dinâmica das superfícies, massas e linhas. Essa capacidade deve se concluir como algo quase instintivo, acontecendo junto com o decorrer da cena, num diálogo simultâneo sobre as várias possibilidades de composição.
O fotógrafo tem total poder no enquadramento, basta chegar um pouco para o lado, levantar mais a cabeça ou se abaixar para mudar inteiramente a perspectiva de uma imagem, e com isso talvez até o seu significado. Cartier-Bresson ensina que não é necessário o fotógrafo bancar o trapezista para cumprir uma pauta, na maioria das vezes basta um leve movimento do corpo para se obter o melhor enquadramento de uma cena.

Existem algumas regras básicas sobre enquadramento, não cortar o pé de quem esta no primeiro plano, ou a cabeça de quem está atrás, é necessário um primeiro plano para uma tomada de grande angular ou quando o personagem olha para a câmera, no caso retrato. Mas as regras vêm sendo quebradas pelo talento, uma vez que a boa foto é produto da precisa organização plástica de todos os elementos presentes e incluindo até os "defeitos". A única regra definitiva é "limpeza" na imagem, quando demonstrada a informação principal. Exceto quando a informação principal vem a ser a confusão e a desorganização.

"O ato de fotografar é um ato de envolvimento do fotógrafo com uma determinada cena. Como se dá esse envolvimento depende da natureza de cada um." (1984, pp.76), diz Robert Capa (Fotógrafo Hungaro).

"(...) mergulhe no objeto fotografado (conteúdo) com entusiasmo e simpatia, uma vez que a fotografia sem entusiasmo é como um piquenique debaixo de chuva.
(...) Mais vale pouca técnica e muito coração do que o inverso.” (1987, pp.121), de forma explicita sugere o americano Lewis Hime.

"Você não fotografa (apenas) com sua maquina. Você fotografa com toda sua cultura, os seus condicionamentos ideológicos" (apud Vasquez, 1986b, pp.68), alerta Sebastião Salgado.

A tarefa do fotógrafo normalmente é não interferir sobre o que esta acontecendo, manter uma postura discreta e muitas vezes ficar afastado da cena.

GURAN, Milton. Linguagem Fotográfica e Informação. Gama Filho, Rio de Janeiro, 2002, pp. 25-27.


Postado por: Valter Rueda

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Técnicas utilizadas por Mario Cravo Neto

Mario Cravo Neto se utiliza de algumas técnicas de planos e enquadramento (delimitação do nosso interdisciplinar), são elas:
O enquadramento de "Plano Médio" (PM), o sujeito preenche o quadro – os pés sobre a linha inferior, a cabeça encostando na superior do quadro, até o enquadramento cuja linha inferior corte o sujeito na cintura. Os planos não são rigorosamente fixados por enquadres exatos. Permitindo variações, definindo muito mais equilíbrio entre os elementos do quadro, do que ao invés de medidas formais exatas.
Sujeito ou assunto fotografados ocupam boa parte do quadro, com espaço para outros elementos que componham a informação. Este plano se torna um tanto quanto descritivo, narrando a ação e o sujeito.
O enquadramento em PM se difere por ser descritivo e narrar a ação e o sujeito, diferente do PG que narra a situação geográfica.

SELF PORTRAIT IN MY STUDIO IN BAHIA 1997


O enquadramento em "Primeiro Plano" (PP), o sujeito destacando seu semblante, gesto, à emoção, à fisionomia, podendo ser também um plano de detalhe onde a textura se destaca podendo ser utilizada na criação de fotografias abstratas. Sua principal função consiste em registrar a emoção da fisionomia. O PP faz com que o sujeito seja isolado do ambiente, portanto, "dirigindo" a atenção do espectador.

MASK I 1989

No enquadramento em "Plano de Detalhe" (PD), isola uma parte do rosto do sujeito. É um plano de grande impacto por se aproximar tanto de algum detalhe que, geralmente, não percebemos com minúcia, gerando formas quase abstratas.

EXUS ESCONDIDOS, EXUS ENCOSTADOS 1994

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Fotos Closes


Na maioria de suas fotos com Close são tiradas da cabeça do corpo humano ou do animal (Quando está em primeiro plano “substituindo” da cabeça do humano)
Ele não pega a cabeça por completo, sempre dá um enquadramento e recorta o que não lhe interessa. Dificilmente encontramos um rosto por completo, ele está sempre dividido ao meio ou coberto por algum objeto ou animal.

Em suas excelentes fotos, elas são evidenciadas não só pelo Close mas também pela questão tátil, com o Close ele consegue captar mais ainda a textura do corpo humano ou do animal, com o jogo de luzes a textura fica realçada e com o close ele consegue definir a textura melhor ainda, talvez para lembrar às pessoas de que ele começou a sua vida artística como escultor.

Suas fotos são em Preto e Branco, provavelmente feitas em Estúdio, porém como nas fotos ele utiliza muitos Closes, fica difícil evidenciar o local que fora fotografado, talvez ele faça isso para manter o mistério que ele sempre tenta deixar, o mistério da sua personalidade, do significado das fotos, da visão dele.

Projeto Interdisciplinar

Estou iniciando minha participação no Blog "Nas Sombras do Neto" com esse post.

Segue uma breve apresentação e um comentário sobre o nosso projeto.


Projeto:

1 – Tema Específico

O enquadramento utilizado pelo fotografo Mario Cravo Neto no trabalho “O Eterno Agora”.

2 – Objetivo Geral

Conhecer a função da técnica de enquadramento que Cravo Neto utiliza em suas fotografias no trabalho “O Eterno Agora”.

3 – Objetivos Específicos

Conhecer a função da técnica de enquadramento em fotografia.

Identificar os enquadramentos aplicados nas fotografias da série “O Eterno Agora” de Cravo Neto.

Discutir a função da(s) técnica(s) de enquadramento utilizadas por Cravo Neto na Obra “O Eterno Agora”.

4 – Procedimentos e Metodologia

Por intermédio da revisão da literatura e pesquisa Iconográfica, fundamentaremos nossa pesquisa.


Através de pesquisas feitas em todos os meios possíveis, estaremos estudando a função da técnica que Mario Cravo Neto utiliza em suas fotografias no trabalho "O Eterno Now", entendendo o porque de enquadrar somente o que ele quer nos mostrar: se tudo é muito bem pensando ou simplesmente as fotos são tiradas ao acaso.

Hoje estaremos mostrando para os professores orientadores um rascunho de nossa pesquisa junto com algumas idéias de animações.

Postado por Valter Rueda.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Imagens Cravo Neto

Olá a todos.

O pré-projeto e projeto saíram. Nada como ter tudo certinho no lugar, quer dizer, nem tanto, agora que o trabalho começa pra valer... E o tempo? Muito curto como sempre.
Que venha a pesquisa. E já que tocamos no assunto...

Nosso projeto consiste em estudar a profundidade de campo nas fotos de Cravo Neto. Entender o enquadramento dele e tudo mais. O grupo tem se dividido bem para a pesquisa, vamos pesquisar as fotos, ver o que achamos, tentar separá-las começar a identificar os pontos em comum de todas elas. Cada um está ajudando como pode, a pesquisa é extensa, vamos fazer o possível pra fazer tudo no prazo.

Abaixo temos algumas fusões de imagens do Cravo que eu estava fazendo para poder usar em alguma etapa do trabalho, não sei se elas serão relevantes mas espero que sejam úteis.

Essas fusões são formuladas a partir de imagens com enquadramentos singulares.






Postado por Adhemar Ribeiro.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Vídeo Demonstração

Em análize as fotografias da obra "Eterno Agora", fizemos uma seleção de fotos, onde o objetivo é mostrar algumas fotografias com enquadramento estudado pelo grupo.






Postado por Felipe Goulart

domingo, 14 de setembro de 2008

Contraste, Enquadramento ou Textura?

Durante a Pesquisa, o grupo se deparou com 3 fatores muito presentes nas fotografias de Cravo Neto no trabalho "O Eterno Agora":
  • Contraste: Algumas de suas fotos se mostram com contrastes marcantes, enquanto outras possuem um contraste bem mais leve, deixando o objeto ou modelo que esta em 1º plano, levemente destacado do fundo.
Perfil de Akira com talco, 1997 - Mario Cravo Neto

Satiro, 1987 - Mario Cravo Neto

  • Enquadramento: Em suas fotos, Cravo Neto prefere enquadrar apenas determinados pontos do corpo humano. Percebemos que ele prefere mostrar a Simbologia que esta presente na foto, ignorando o resto da composição (Rosto, corpo, pernas).

Torso com plumas brancas 1989

Torso e Cachorro, 1989 - Mario Cravo Neto

  • Textura: Em suas fotos, Cravo Neto faz uso de uma iluminação suavizada e lateral sobre o Assunto que fotografa, valorizando suas texturas, criando uma curiosidade no espectador, de saber como é esta textura.

Akira I, 1992 - Mario Cravo Neto


Homem com dois peixes, 1992 - Mario Cravo neto

Postado Por Bruno Moreno Fonseca